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29 de fevereiro de 2012

A hora de dizer, NÃO.



Nós pais, temos o nosso momento de fraqueza, quando se trata de nossos filhos. A vontade de deixa-los felizes, as vezes é maior que a razão. Fatos como esse, ou por bem menos, podem trazer risco para os nossos filhos (e para quem estão ao redor).

Mesmo as várias brincadeiras que se acham inofensivas, está por traz o perigo. Precisamos nos policiar, avaliar e orientar. Sermos, firmes no posicionamento e utilizar o "poder do não", quando necessário.

Em meus pensamentos, tento imaginar a dor deste pai.

William.

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Pai diz que andou de jet ski para 



satisfazer filho


Menino morreu em acidente em represa em Ribeirão Pires.
Ele estava em boia que era arrastada por equipamento pilotado pelo pai.



Do G1 SP

O pai do menino de 9 anos que morreu em um acidente envolvendo um jet ski no domingo (26) em uma represa emRibeirão Pires, no ABC, disse em entrevista ao jornalista César Tralli que só pilotou o equipamento para satisfazer o filho. O menino estava em uma boia que era puxada pelo pai no jet ski. A criança morreu depois que o bote bateu em uma pilastra de uma ponte na represa. A entrevista foi exibida no Bom Dia São Paulo desta quarta-feira (29).
“Se pudesse retroceder no tempo, ou ainda que pudesse avançar, eu avançaria pra passar essa fase”, disse o pai. Ele e a mulher estão hospedados na casa de parentes em Praia Grande, na Baixada Santista. Uma alternativa para tentar superar a perda do filho.


“Ele queria ir de qualquer maneira. Alguma coisa pedia que eu não fosse, mas eu atendi o pedido dele”, afirmou Antonio Edvan Moreira de Carvalho, pai de Mitchill Guilherme Pereira de Carvalho, que morreu no acidente. “Eu não queria fazer aquilo, não queria puxar ele, mas ele insistiu. Às vezes você vai fazer o gosto do filho e acaba fazendo uma besteira sem saber.”

Segundo o casal, o menino adorava água, e insistiu pelo passeio. Carvalho arranjou um bote e um jet ski emprestados. Ele contou que tinha andado no equipamento apenas uma vez antes, e admitiu que tinha noção de que era necessário ter habilitação para pilotar o equipamento em praias. “Se eu falar que eu sabia que tinha que usar em represa, essas coisas assim, eu estou mentindo.”
No jet ski, Carvalho amarrou uma corda para puxar o bote inflável com o filho e um primo a bordo. Ele contou que não estava em alta velocidade, e que tinha bebido meia lata de cerveja.
A diversão durou menos de dez minutos. O acidente aconteceu quando a família passava sob uma ponte que corta a represa. “Eu acredito que tenha sido a marola do outro jet, que tinha passado no sentido contrário. eu acredito que tenha sido isso”, afirmou o pai.
O bote bateu em uma das pilastras. “Eu vi bater, o meu sobrinho caiu para fora da boia e ele [o filho] ficou caído dentro do bote. Eu liguei o jet ski de novo, voltei, puxei ele para cima do jet ski e o meu sobrinho, tomei rumo à margem, coloquei ele no carro e nós fomos pro hospital. O coração dele batia, mas ele não resistiu”, contou o pai, emocionado.
Antonio foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, mas disse que não haverá punição maior do que já se sentir em um cárcere de remorso e culpa. Ele chegou a ser preso, mas pagou fiança. Carvalho não tinha habilitação para guiar o equipamento.

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