Chegamos ao 52º país visitante!!!
Chile, oficialmente República do Chile (em espanhol: ), é um país da América do Sul que ocupa uma longa e estreita faixa costeira encravada entre a cordilheira dos Andes e o oceano Pacífico. Faz fronteira ao norte com o Peru, a nordeste com a Bolívia, a leste com a Argentina e a Passagem de Drake, a ponta mais meridional do país. É um dos dois únicos países da América do Sul que não tem uma fronteira comum com o Brasil, além do Equador. OPacífico forma toda a fronteira oeste do país, com um litoral que se estende por 6.435 quilômetros.[4] O território chileno se estende até o Oceano Pacífico, que inclui os territórios ultramarinos de Arquipélago Juan Fernández, Ilhas de Sala y Gómez, as Ilhas Desventuradas e a Ilha de Páscoa, localizada na Polinésia. O Chile possui uma reivindicação de 1.250.000 quilômetros quadrados de território na Antártida.
O Chile possui um território incomum, com 4.300 km de comprimento e, em média, 175 quilômetros de largura - o que lhe dá um clima muito variado, indo do deserto mais seco do mundo - o Atacama - no norte do país, um clima mediterrâneo no centro, até um clima alpino propenso a neve ao sul, com geleiras, fiordes e lagos.[5] O deserto do norte chileno contém uma grande riqueza mineral, principalmente de cobre. A área relativamente pequena central domina o país em termos de população e de recursos agrícolas. Esta área também é o centro cultural e político do qual o Chile se expandiu no final doséculo XIX, quando integrou as regiões norte e sul. O sul do Chile é rico em florestas e pastagens e possui uma cadeia devulcões e lagos. A costa sul é um labirinto de penínsulas de fiordes, enseadas, canais e ilhas. A Cordilheira dos Andesestá localizada na fronteira oriental.[6]
Antes da chegada dos espanhóis no século XVI, o norte do Chile estava sob o domínio Inca, enquanto os índios mapuches(também conhecidos como Araucanos) pelos colonizadores espanhóis habitavam o centro e o sul do Chile. Embora o Chile tenha declarado sua independência em 1817, a vitória decisiva sobre o controle espanhol não foi alcançada até 1818. NaGuerra do Pacífico (1879-83), o Chile venceu o Peru e a Bolívia e conquistou as regiões do norte. O país, que até então estava relativamente livre de golpes e governos arbitrários que atingiam o resto do continente sul-americano, suportou 17 anos de uma ditadura militar (1973-1990), uma das mais sangrentas do século XX na América Latina, que deixou mais de 3.000 mortos e desaparecidos.[5]
Atualmente, o Chile é um dos países mais estáveis e prósperos da América do Sul.[5] Dentro do contexto maior da América Latina, é o melhor em termos de desenvolvimento humano, competitividade, qualidade de vida, estabilidade política, globalização, liberdade econômica, baixa percepção de corrupção e índices comparativamente baixos depobreza.[7] Também é elevado o nível regional de liberdade de imprensa e de desenvolvimento democrático. Sua posição como país mais rico da região (empatado com o México), em termos de produto interno bruto per capita (a preço de mercado[8] e paridade do poder de compra[9]), no entanto, é contrariada devido ao seu alto nível de desigualdade de renda, medido pelo coeficiente de Gini.[10] Em maio de 2010 o Chile se tornou o primeiro país sul-americano a aderir à OCDE.[11]O país também é um membro fundador das Nações Unidas e da União de Nações Sul-Americanas.
História
Os primeiros europeus a chegarem na terra que é hoje o Chile, foi o grupo liderado por Fernão de Magalhães no ano 1520, procurando o caminho ate o oceano pacifico, que ele mesmo batizou, onde fica atualmente a cidade de Punta Arenas naPatagônia. Diego de Almagro, posteriormente realizou uma expedição ate o vale e Coquimbo. Os habitantes originários dos vales centrais do Chile, impediram o avance da expedição até o sul, forçando-lhes a voltar ao Peru. No ano 1540 Pedro de Valdivia liderou a expedição que fundaria finalmente a cidade de Santiago, atual capital do Chile.
A proclamação da república do Chile ocorreu no dia 18 de setembro de 1818.
Durante o período das presidências do Partido Radical (1938-1952), o Estado chileno aumentou sua participação na economia nacional. Em 1952, após três presidências radicais (Pedro Aguirre Cerda (1938-1941), Juan Antonio Ríos(1942-1946) e Gabriel González Videla (1946-1952), retornou à Presidência o general Carlos Ibáñez del Campo, que havia sido ditador do Chile entre 1927 e 1931. Jorge Alessandri sucedeu Ibáñez em 1958, derrotando o comunista Salvador Allende por uma gram margem de votos.
As eleições presidenciais de 1964 levaram à presidência o fundador do Partido Democrata Cristão (PDC), Eduardo Frei Montalva, que derrotou o socialista Allende e o radical Julio Durán. Frei governou com o slogan "Revolución en Libertad", pondo em prática um programa de reformas sociais e econômicas que, entre outras medidas, contemplou reformas no sistema educacional, construção de casas populares, sindicalização dos trabalhadores rurais e reforma agrária. No entanto, a partir de 1967 Frei encontrou uma crescente oposição por parte dos setores mais à esquerda, que o acusavam de ser tímido nas reformas, bem como uma forte oposição dos setores mais conservadores, que achavam tais reformas excessivas.
Em 11 de setembro de 1973, o presidente democraticamente eleito em 1970, Allende sofreu um golpe de estado e o general Augusto Pinochet assumiu o governo , instaurando uma ditadura que iria perdurar por dezessete anos, Durante este período, foi criada a repressão política contra a oposição e houve várias violações dos direitos humanos[12], sendo sucedido pelo civil Patricio Aylwin, proeminente membro do PDC.
Em 1994, foi eleito presidente Eduardo Frei Ruiz-Tagle, filho do presidente Eduardo Frei Montalva e também filiado ao PDC que entregou o poder seis anos depois a Ricardo Lagos, do Partido Socialista do Chile, mesmo partido de Salvador Allende.
Nas eleições de 2005, os chilenos escolheram como Presidente Michelle Bachelet, primeira mulher no cargo e filha de um ativista torturado e morto pelo regime de Pinochet, dando continuidade desde a redemocratização do país no governo de centro-esquerda. Seu mandato será mais curto que o de seus antecessores, devido a reformas na Constituição local.
No dia 27 de fevereiro de 2010, um forte terremoto de 8,8 pontos na escala de Richter atinge a região central e do sul do país provocando centenas de mortes e ativando alertas de tsunamis na costa do Pacífico.