Nos testes em ratos, técnica aumentou o órgão e proporcionou ereções.
Cientistas não querem que a descoberta seja usada para estética.
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Uma nova técnica com células-tronco retiradas da gordura do próprio paciente promete aumentar a eficiência dos enxertos penianos em cirurgias. A ideia do estudo publicado pela revista científica “Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)” é melhorar as cirurgias de reconstrução do órgão sexual masculino.
Os cientistas usaram dois grupos de ratos nas pesquisas. O primeiro passou por uma cirurgia com os enxertos de células-tronco. O segundo, com o procedimento normal, que usa apenas células da mucosa do intestino.
Os do primeiro grupo mostraram melhora significativa em relação aos outros. Eles não só ficaram com o pênis maior do que os dos demais como também tiveram mais ereções.
Esse implante é feito em uma parte do pênis conhecida como túnica "albugínea", uma camada que envolve o corpo cavernoso -- a parte que recebe o sangue e aumenta de volume durante a ereção. Portanto, a túnica albugínea precisa funcionar bem para que o homem consiga manter uma ereção.
Na nova técnica, células-tronco retiradas da gordura do próprio paciente são adicionadas à mucosa no enxerto. Nos ratos, esse tratamento “induziu fatores que acentuaram o suprimento de sangue, a restauração dos tecidos e a função erétil”, afirmou Wayne Hellstrom, da Universidade Tulane, em Nova Orleans (EUA), um dos autores do estudo.
Como os testes foram feitos apenas em ratos, seria preciso aperfeiçoar a técnica antes de aplicá-la em humanos.
Aplicação
O foco de Hellstrom e sua equipe é o tratamento da doença de Peyronie, que, segundo ele, afeta entre 3% e 9% dos homens. Nessa doença, que não é sexualmente transmissível, formam-se placas na túnica albugínea.
O foco de Hellstrom e sua equipe é o tratamento da doença de Peyronie, que, segundo ele, afeta entre 3% e 9% dos homens. Nessa doença, que não é sexualmente transmissível, formam-se placas na túnica albugínea.
Infelizmente, isso pode ser explorado por charlatães que fazem operações de aumento de pênis"
Wayne Hellstrom, autor do estudo
Isso provoca mudanças no formato do pênis, que pode ficar curvo e menor. Em alguns casos, a doença dificulta – ou até impossibilita – as relações sexuais.
O pesquisador não quer que sua descoberta seja aplicada por questões estéticas.
“Infelizmente, isso pode ser explorado por charlatães que fazem operações de aumento de pênis. Eu não acredito nesse tipo de cirurgia cosmética, a menos que o paciente tenha um micropênis diagnosticado”, disse Hellstrom.
Ele disse ainda que “supõe que seja possível” usar a técnica na construção de pênis em transexuais que nasceram com os órgãos femininos, embora nunca tenha dirigido sua pesquisa para esse ponto.
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