Jardim, em MS, tem mergulho e
flutuação em passeio de um dia
Atrativos da cidade são ideais para quem tem pouco tempo para viajar.
Buraco das Araras e Lagoa Misteriosa são as principais atrações.
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Com áreas naturais paradisíacas, Jardim é o lugar perfeito para quem deseja um verdadeiro encontro com a natureza, mas tem pouco tempo para viajar. A cidade, que fica a 239 quilômetros de Campo Grande e a 70 quilômetros de Bonito, reúne atrativos turísticos ecológicos que podem ser visitados em apenas um dia.
O Buraco das Araras é a opção para começar o roteiro. Para visitar o local, é preciso levantar da cama logo cedo. O atrativo ficou conhecido por este nome porque abriga uma enorme quantidade de araras-vermelhas, além de aves de outras espécies como curicacas, carcarás, pássaros-pretos, gralhas, papagaios e periquitos. “É um espetáculo de cores e sons impressionante”, afirma a bióloga Neiva Guedes, especialista no comportamento dessas aves.
A bióloga explica que as araras possuem rotina parecida com a dos seres humanos. “No início da manhã, as aves acordam e saem dos ninhos para ir em busca de comida. Por isso, esse período do dia é o mais indicado para fazer o passeio, pois é possível vê-las agrupadas em grandes quantidades”, explica a especialista.
Para chegar aos mirantes instalados na beira da dolina (formação geológica semelhante a um buraco), é preciso percorrer uma trilha de 900 metros em meio à vegetação. Para não ter problemas durante o passeio, o ideal é usar roupas leves e confortáveis, acompanhadas de chapéu para se proteger do sol, além de sapatos fechados.
Os observatórios têm lunetas pelas quais é possível ver o voo das aves de bem perto. O canto das araras também pode ser ouvido no local. Alguns turistas preferem levar binóculos para avistar melhor os pássaros. O passeio dura aproximadamente 40 minutos.
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Mergulho na Lagoa Misteriosa
Após o passeio contemplativo, é hora de cair nas águas azuis da Lagoa Misteriosa. O local fica no fundo de uma dolina de 75 metros de profundidade. Para chegar, é preciso descer uma escadaria de 179 degraus.
Após o passeio contemplativo, é hora de cair nas águas azuis da Lagoa Misteriosa. O local fica no fundo de uma dolina de 75 metros de profundidade. Para chegar, é preciso descer uma escadaria de 179 degraus.
A Lagoa Misteriosa é considerada a sétima caverna mais profunda do país pela Sociedade Brasileira de Espeleologia, entidade que trabalha na exploração, pesquisa e preservação de cavernas.
O biólogo e fotógrafo Daniel De Granville, que há 17 anos deixou São Paulo para morar em Mato Grosso do Sul, visitou a Lagoa Misteriosa em setembro deste ano. “Achei fascinante. De dentro da água você vê aquele imenso buraco que parece não ter fim”, relata ele.
O fotógrafo contou ao G1 que, durante o passeio, prendeu a câmera fotográfica em uma vara metálica usada na limpeza de piscinas. Para fixar o objeto, ele usou parafusos e peças de PVC. “Com isso consegui elevar a câmera a mais ou menos uns seis metros para fazer imagens do alto”, comenta o fotógrafo.
Na Lagoa Misteriosa o visitante pode escolher entre a flutuação e o mergulho, que é uma boa opção para os mais "destemidos". Para flutuar é preciso apenas de máscara, snorkel e colete salva-vidas. Já no mergulho são utilizados cilindro de oxigênio, roupa neoprene e pés de pato.
Para quem não tem experiência de mergulho, o mais recomendado é o “batismo”, que atinge uma profundidade de oito metros. Já os mergulhadores que fizeram curso e possuem certificação podem optar pelo mergulho autônomo básico, que chega a até 18 metros, ou pelo autônomo avançado, que atinge até 25 metros.
O administrador Kenneth Corrêa, 28 anos, já mergulhou em águas de diversos estados, como São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. Ele diz que a Lagoa Misteriosa foi inesquecível. “É um dos lugares mais lindos que eu já vi. A água é tão transparente que dá a impressão de estarmos voando”, conta o turista.
Comida Regional
No fim do manhã, antes de encarar mais um passeio, uma boa opção é seguir para o Recanto Ecológico do Rio da Prata para degustar um almoço tipicamente sul-mato-grossense.
No fim do manhã, antes de encarar mais um passeio, uma boa opção é seguir para o Recanto Ecológico do Rio da Prata para degustar um almoço tipicamente sul-mato-grossense.
As receitas regionais preparadas em panelas de ferro no fogão a lenha dão um sabor especial à comida. O cardápio inclui arroz carreteiro, arroz com banana, galinhada, mandioca à moda pantaneira, chipa e outros pratos típicos do estado.
Na sobremesa são servidos doces caseiros, como doce de leite e rapadura de amendoim. Após o almoço, o visitante pode descansar nas redes penduradas na sombra de uma varanda, que fica ao lado do restaurante.
Flutuação no Rio da Prata
Após o descanso é hora de voltar para a água. Para chegar até a nascente do rio Olho d'Água é preciso encarar uma trilha que chama a atenção pela diversidade de animais que podem ser vistos pelo caminho, como macacos-pregos, bugios, cotias, queixadas, catetos, quatis e até cobras.
Após o descanso é hora de voltar para a água. Para chegar até a nascente do rio Olho d'Água é preciso encarar uma trilha que chama a atenção pela diversidade de animais que podem ser vistos pelo caminho, como macacos-pregos, bugios, cotias, queixadas, catetos, quatis e até cobras.
A nascente parece uma "piscina natural" de águas cristalinas. No local, os visitantes fazem um breve treinamento para a flutuação e nadam ao lado de cardumes de peixes de diversas espécies, como piraputangas e dourados. O turista tem até mesmo a chance de encontrar um jacaré no fundo do rio.
São dois quilômetros de flutuação até o local onde o Olho d'Água encontra o rio da Prata. O visitante pode então escolher se continua flutuando ou se desce o rio em um pequeno barco de motor elétrico. Esse passeio dura em torno de quatro horas.
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