Dormir mais de nove horas por noite
evita ganho de peso, diz pesquisa
Quem tem noite de sono mais curta tem índice de massa corporal maior.
Sono curto ‘abre campo’ aos genes ligados à obesidade.
Os dorminhocos de plantão acabam de ganhar um argumento científico para manter o hábito que soa preguiçoso para muitos. Segundo uma pesquisa da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, dormir mais de nove horas por noite evita o ganho de peso mesmo entre aqueles que têm propensão genética.
O estudo foi publicado nesta terça-feira (1º) na revista científica "Sleep", da Academia Americana de Medicina do Sono
O estudo avaliou 1.088 casais de gêmeos e descobriu que os que dormiam menos de sete horas por noite estavam associados tanto a um índice de massa corporal (IMC) maior quanto a uma maior atuação dos genes relacionados à obesidade no IMC.
“Os resultados sugerem que o sono mais curto provoca um ambiente mais permissivo para a expressão dos genes relacionados à obesidade”, diz o principal pesquisador do estudo, Nathaniel Watson, da Universidade de Washington.
Pesquisas anteriores já haviam mostrado que as influências genéticas incluem fatores como o metabolismo do açúcar no sangue, do uso de energia, armazenamento de ácidos graxos e saciedade. No estudo, a hereditariedade do IMC foi duas vezes mais alta entre os gêmeos que dormiam menos do que entre os que dormiram mais de nove horas por noite.
Segundo a pesquisa, entre os gêmeos que dormem menos do que sete horas, as influências genéticas chegam a 70% na diferença do IMC. Enquanto que entre os gêmeos que dormem em média mais de nove horas, fatores genéticos correspondem a 32% da variação de peso.